sábado, dezembro 03, 2005

Cheio de silêncios

Jardin des Tuileries, Paris, January 1999 steven richards


É o vazio...
Vazio de quase tudo
Do que queríamos saber ou ter.

Imaginamos muito
Sobre o que poderia ser(Se ...),
Sobre o que poderíamos ter(Se ...).
Mas, afinal, temos tão pouco,sabemos tão pouco.desejamos tão pouco.
As nossas relações
Estão cheias de silêncios.
Muitas vezes, por ignorância
Sobre o que agir ou fazer ou dizer ou pensar ou ....
Outras vezes, por estratégia
Para que aquele com quem dialogamos
Não tenha que se preocupar
Com mais do que aquilo que queremos.
Verdade!O cérebro humano não é infinito.
Apenas podemos ocupá-lo com
Um pensamento de cada vez:
Linear no pensamento (mesmo que não pareça!);
Hiperdimensional dentro;
Multilinear na acção.
É uma ecologia do pensamento?
A gestão dos silêncios impõe-se?
A gestão dos silêncios é uma arte?
A gestão dos silêncios é saber viver?
A gestão dos silêncios é comunicar eficientemente?
Que me perdoem todos aqueles que nunca puderam dialogar ...com os meus silêncios.
Tenho me dado tão pouco silêncio,tenho medo de ser pensado como ele.

2 Comments:

Blogger Nuno da Alice said...

Seremos sempre eternos na dor, irmãos no sangue e nas horas más, salpicos de água na fúria da maré, laivos de vidas que queriamos ser mas que jamais alcançaremos...para sempre sós...eu e tu!
O silêncio impõe-se muitas vezes como a nossa melhor melodia. Outras nem por isso, apenas notas distorcidas, simplesmente inaudíveis...

10:18 da manhã  
Blogger marta said...

Xiça mulher, a veia poética está a atacar em força...

10:19 da tarde  

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